segunda-feira, janeiro 15, 2007





LINHAS TORTAS, MAS LINHAS VIVAS



Se minhas verdades apontassem saídas somente,
Eu seria como um rato fugidio e medroso,
Não adentraria nas sendas do meu íntimo, seria um demente.
Como poderia esconder minhas rugas para mim mesmo
E ao espelho dar um sorriso covarde pra disfarçar as mazelas,
Se o espelho ri voltado para o ermo.
Casas e casas de angústia existem, ruas de solidão e querelas.
Mas minha mente trafega em ruelas, becos e avenidas,
Nelas procuro a verdade e em mim talvez a encontre ansiosa,
Esse é o trajeto mesmo que lamente e chore por vidas e vidas.
Às vezes por tanta luz não se enxerga o óbvio diante do nariz
Então é chegado o momento de fechar os olhos e escutar o que o coração diz
Mas um rato foge do dia e brinca no escuro
Eu fui infeliz, mas ri quando quis.
E hoje o que sou, e agora o que procuro?
Será que ansioso serei feliz?


WalterBRios9/1/2007

Um comentário:

Charlyane Mirielle disse...

Olá Walter...
Viu só ?
O espelho esta alí, sempre nos mostrando o que realmente somos.
Sem mentiras, sem falsidade.
Basta abrir os olhos e querer ver.
Parabéns pela linda poesia que sai da sua alma.
Virei sua fã !

Beijos...


Charlyane Mirielle