sexta-feira, abril 21, 2006

SORTE LANÇADA

Que sorte a nossa seria,
Se não fosse a morte,
Seriamos felizes!?
E se amássemos até a morte?
Tu ó morte, envergonhada viveria.


* * * * * * * * * *

Ficar à beira da estrada
e não fazer nada...
isso é a estagnação,
é estar à beira do abismo
e nada fazer para sair,
é estar ás mãos da salvação
e ver pelo descaso ela partir.



* * * * * * * * * *


Quem não sabe de nada
está perdido
nem o diabo o aceita no inferno
como uma anta fingida.
Quando acordar e der uma virada
talvez aprenda do nada.
Porque o que faz viver não é a angústia
é a angústia e outras hóstias.



* * * * * * * * *


ah! Se bebêssemos a vida
se tomássemos os dias
com goladas de surpresas
e a cada gole de momentos
nos desse um prazer que arrepia
no fim da vida
já teríamos tomado o cálice da sabedoria
teríamos bebido todas as naturezas
estaríamos imunes a todos os tormentos
e quedaríamos embriagados de amor, mas senhor dos dias.


* * * * * * * *


Tenho a consciência nua
pela minha verdade vestida
de liberdade nua
sou sincero comigo mesmo
e tu sejas tua

* * * * * * * * *

Fizemos arruaça
mas sopramos nossas fumaças
que nos embaçavam os olhos
depois descobrimos a cegueira
nos nossos erros
por isso as lágrimas lavaram nossos olhos.

Perdemos várias batalhas
no trajeto de nossas vidas,
nos perdemos entre ilusões
e todas a nossas falhas,
mas a guerra não está perdida
existe força em nossos corações.


* * * * * * * * *


Em pétalas de alegria
o teu sorriso se abria
e eu via tua boca em flor
chamar o meu amor


* * * * * * * * *


Eu sei o que fazer
sim... Mas às vezes tenho medo
dos mil e um enredos
que se fazem pelo prazer.
E depois chorar e achar
que já é tarde para amar.

* * * * * * * * *


Ao suicida
faltou um gesto de amor
a sua própria vida
e ele preferiu
se afogar com sua própria dor.


* * * * * * * * *

Se tu constróis uma redoma
Em torno
Da tua própria dor
Deixe uma fresta aberta
Pra entrar o ar de quem te ama
Não te deixes
Morrer de claustrofobia
Por falta de amor

Lá fora é duro
Às vezes até o dia
Mergulha no escuro
Até agora ninguém negou
O que sofria
O tempo passou
Mas ninguém ficou
E todos descansam na eternidade

* * * * * * * * * *

Tu sonhas nos olhos
E,deliras no corpo
Teu prazer é meu conforto
Eu vejo os teus olhos
Como um livro de tua alma
Teu corpo me dá a resposta certa
Quando desliza em cada parte
A minha mão aberta.

E tu sabes beijar
Com gosto de mais
Com rosto de amar
Conforto de paz.

* * * * * * * * * *

Viajante... O que trazes na mochila

Eu vejo teu cansaço, às vezes desespero
Teus pensamentos seguem em fila
Repassando o caminho o tempo inteiro



* * * * * * * * * *


Porque uma só atitude não basta
Para trazer de volta a juventude e os ares do passado
A rapidez do corpo nos foge como pensamento indomado
E a lentidão do corpo agora nos arrasta

Os gestos bruscos ficaram para trás
Caíram os cabelos encaracolados
Alguns ficaram escassos e pálidos
A idéia muita avançada aqui jaz.

* * * * * * * * * * *


Cerejas na intimidade
Com mel deslizando no corpo
E Martine
Escrevendo a traço torto
Maçã do amor
No auto da atividade
E um rubor no rosto
Uma salada de frutas sensuais
E um creme de leite escorrendo
Pelas vias profundas
Do deleite
Um relax sonífero.

* * * * * * * * * * * *



Comemos o pão que a hora amassa
Para segurar o trem que passa

Nenhuma ave agüenta em suas asas uma tarde cinzenta
Nenhuma consciência clara dorme pardacenta

No musgo da árvore desperta a manhã
E boceja a vida

As pedras são pedras
Por isso esperam silenciosas
Para não contar as perdas

Reencarnação... Ressurreição...
Estamos todos envoltos na roda da ação
Talvez uma lâmina cure nossas feridas
Porque o sal já tempera nossas vidas.


* * * * * * * * * *

Oh dor insana
Porque tu bates na parede de um coração
As portas estão abertas para que vás
E do coração brote uma canção
Que descabele o sol e cantarole o dia

Tu mesmo és o alçapão
És a saída, ou o grilhão
Conduzes ao inferno,
Ou ao céu eterno
Quando souberem de ti
Morrerás de inanição

Às vezes engana como massa fina
E quem passa, não vê e não sente a sina,
Pra não sofrer... Por não saber o que ensinas

Pra quem tu corres, e quem morre oh dor insana
Há alguém que morre de dor porque não ama,
Ou morre de amor porque sente dor e não ama

Tu sangras pelas frestas do invisível
E dóis pela frente do sensível.



* * * * * * * * * * *


Oh Deus! Minha sorte está em tuas mãos
O que tenho de sereno, é o que em ti busco
Sei que reservaste, a minha e a paz dos meus irmãos
Eu te confio a minha, e a paz de quem te busca.


Eu sei Senhor que nossa estada, é curta ou cumprida
Mas Senhor... Fazei-nos conscientes de tua presença em nossa vida.

Walterbrios/15e16/02/2005

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